"E o impacto da Inteligência Artificial no atual cenário econômico brasileiro e no crescimento dos negócios já é percebido pelos empresários. Prova disso é que 46% afirmam que a IA já é uma realidade nos negócios e já está impactando o planejamento das empresas, enquanto outros 40% acreditam que esse impacto será ainda maior no futuro”, ressalta Fernando Ávila, sócio de Data Analytics & AI da Grant Thornton Brasil.
Os investimentos globais em IA estão projetados para crescer significativamente até 2025. Segundo um relatório da Goldman Sachs, os investimentos em IA podem alcançar US$ 200 bilhões até 2025. Essa projeção se deve ao potencial econômico expressivo da IA generativa, que pode aumentar a produtividade do trabalho global em mais de 1% ao ano na década seguinte à sua adoção ampla.
“Com as preocupações relacionadas a ataques de cibersegurança torna-se essencial a vigilância e a proatividade na antecipação de novos riscos. Lideranças de áreas de Risco, Tecnologia e Cibersegurança precisam identificar e mitigar essas exposições nas mais diversas indústrias”, acrescenta Ávila.
A adoção de tecnologias de IA generativa (GenAI), sendo o ChatGPT, Google Gemini e Bing Chat as mais utilizadas atualmente, tem sido extraordinária. A GenAI ganhou visibilidade devido à sua disponibilidade gratuita, superioridade em relação aos chatbots tradicionais e rápida integração com motores de busca como Bing e Google. Essa tecnologia pode realizar várias tarefas para tornar nossas vidas mais eficientes e conectadas.
As pessoas desempenham um papel crucial ao revisar e corrigir possíveis erros ou vieses nas respostas da IA, assegurando que o conteúdo seja confiável e adequado. Além disso, a intervenção humana ajuda a interpretar nuances contextuais e subjetivas que a IA pode não captar totalmente, acrescentando um nível de discernimento que a tecnologia ainda não consegue alcançar. Assim, a colaboração entre humanos e IA resulta em uma sinergia que maximiza o valor e a utilidade das tecnologias de processamento de linguagem natural.
No setor educacional, professores e tutores usam GenAI para criar materiais de estudo, gerar questões de prática e simplificar tópicos complexos. No Brasil, a adoção dessas tecnologias também cresce, facilitando a produção de conteúdo em diversos setores e melhorando a comunicação e a eficiência.
Durante a pandemia de COVID-19, a utilização da IA foi um marco desempenhando um papel significativo na determinação de respostas e tratamentos. No cenário nacional, hospitais e clínicas têm começado a integrar essas tecnologias para aprimorar o atendimento ao paciente, acelerar diagnósticos, auxiliar nos tratamentos e reduzir custos
Isso pode ter muitas aplicações, como identificar suspeitos em investigações criminais ou verificar indivíduos em fronteiras ou aeroportos, mas também apresenta um risco de uso indevido. Essa tecnologia já é utilizada em alguns estados brasileiros para reforçar a segurança pública, embora haja preocupações sobre privacidade e possíveis abusos.
Ferramentas revolucionárias de GenAI podem transformar palavras e imagens em arte impressionante. Nacionalmente, o setor de entretenimento tem aproveitado essas tecnologias para criar conteúdos inovadores, desde filmes e séries até campanhas publicitárias.
Essas capacidades têm aplicações significativas em áreas como planejamento urbano, gerenciamento de desastres, monitoramento ambiental e veículos autônomos. Cidades brasileiras, estão adotando o conceito de cidades inteligentes, utilizando essas tecnologias para melhorar a mobilidade urbana e a gestão de recursos.
No setor financeiro, empresas já exploraram o uso de machine learning para investimentos automatizados, diversificação de portfólio e planejamento de aposentadoria. Instituições financeiras no Brasil utilizam IA para analisar grandes volumes de dados e detectar fraudes, otimizando operações e aumentando a segurança.
Ferramentas de IA agregam com mais precisão na triagem automatizada de currículos e na classificação de candidatos, reduzindo o tempo gasto em revisões manuais e melhorando a probabilidade de identificar candidatos ideais. Empresas no Brasil têm adotado essas tecnologias para otimizar processos seletivos e melhorar a gestão de pessoas, embora preocupações sobre vieses nos algoritmos sejam um desafio a ser enfrentado.
“A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é um passo importante e as empresas precisam garantir que suas implementações de IA estejam em conformidade com as normas de privacidade e segurança. Ao mesmo tempo, é crucial que as empresas brasileiras invistam em educação e capacitação para formar profissionais qualificados em IA. Parcerias entre universidades, governo e setor privado são essenciais para impulsionar a inovação e garantir que o Brasil esteja preparado para aproveitar as oportunidades oferecidas pela Era da Inteligência Artificial”, conclui o especialista da Grant Thornton Brasil.
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