INSIGHTS

Estratégias para maximizar os retornos em processos de saída

insight featured image
Estratégias de desinvestimento de operações ou subsidiárias que não fazem parte do foco de atuação ou de baixo desempenho podem contribuir financeiramente, enquanto direciona investimentos e esforços para se concentrar nas áreas com maior potencial de crescimento no negócio.
Destaques

Tanto a ampliação das operações que não fazem parte da atividade principal e de baixo desempenho, quanto a pressão para abandoná-las aumentaram durante a pandemia de Covid-19. O mesmo acontece com as opções de venda, à medida que fundos de private equity e consolidadores especializados procuram aplicar seus altos níveis de liquidez disponíveis.

Uma decisão acertada de venda significa mais dinheiro para reinvestir. O grande risco é criar um processo de saída que consome tempo e recursos excedentes.

Como aproveitar ao máximo o potencial de uma saída, evitando armadilhas? Neste relatório, analisamos o que está impulsionando as estratégias de saída, as opções disponíveis, a dinâmica do mercado e como nossa equipe de especialistas pode auxiliar a maximizar o valor.

Drivers para saída

A pandemia aumentou a pressão sobre os líderes empresariais para que abandonem as operações secundárias e de baixo desempenho. Isso serve para fortalecer as finanças ​​no curto prazo e preparar os negócios para mudanças de longo prazo aceleradas pela pandemia, como a digitalização ou o Net Zero.

A regra 80:20 afirma que a maior parte do valor gerado por você e sua empresa vem de 20% do esforço. As grandes questões são como redirecionar seu tempo para esses 20% e o que fazer com todas as distrações e atividades de baixo valor que o estão impedindo avanços.

Quase invariavelmente, uma grande parte do seu tempo é direcionada para produtos, subsidiárias ou localidades com baixo desempenho. A decisão de sair pode ser difícil, especialmente se as operações foram os pilares do seu negócio no passado. Mas os tempos mudam.

Se feito no momento apropriado e da maneira acertada, a saída de negócios não essenciais pode liberar recursos e tempo para impulsionar o crescimento.

Foco nas finanças

Após aquisições, análises estratégicas ou mesmo no curso normal dos negócios, é provável que você descubra que certos produtos, subsidiárias ou localidades estão absorvendo recursos valiosos, mas não proporcionando retornos suficientes.

Os impactos provocados pelos bloqueios e lockdowns globais trouxeram à tona essas considerações ao aumentar a pressão sobre os recursos. As receitas em muitos setores diminuíram ou pararam completamente. No entanto, mesmo com subsídios e suporte para retenção de emprego, as despesas continuaram ou foram diferidas temporariamente. À medida que os apoios governamentais terminam e as demandas por aluguéis diferidos se contrapõem aos custos de reposição de estoques, a necessidade de concentrar tempo e recursos financeiros nunca foi tão importante. É provável que algumas áreas de seu negócio estejam demandando muito dos dois aspectos, mas com poucos retornos.

De core para non-core

A pandemia também redefiniu o que é essencial e não essencial. O setor de varejo é um caso claro. As vendas digitais e entrega em domicílio já estavam ganhando espaço em pontos de venda físicos antes da pandemia. Mas com o fechamento de lojas não essenciais, a mudança dos clientes físicos para digitais foi acelerada. Muitos outros setores estão seguindo o exemplo em maior ou menor grau, desde o aumento da entrega ao declínio das agências bancárias e aumento de alternativas móveis. Como você concentra recursos nas áreas de crescimento? O que você faz com ativos e operações excedentes aos requisitos?

Outras mudanças aceleradas pela pandemia incluem o foco na sustentabilidade, impacto social e outras questões ambientais, sociais e de governança (ESG). Com investimento, alguns produtos e instalações podem ser adaptados às demandas do Net Zero. Mas para outros, o custo pode ser muito alto ou difícil de justificar se as expectativas do cliente estiverem mudando. Você também pode querer redirecionar os recursos para green markets de crescimento mais rápido ou gerar empregos para apoiar as prioridades econômicas locais. Como você libera fundos para investimentos ESG? O que você faz com as operações que falham no teste ESG ou não são mais adequadas para seus objetivos estratégicos?

Fatores geopolíticos e jurisdicionais frequentemente determinam a decisão de sair quando a operação em um mercado não faz mais sentido estratégico. Em alguns casos, uma liquidação ordenada pode ser preferível a vender para um concorrente/comprador interessado e entregar o mercado a eles.

Mudanças nos arranjos comerciais, como o Brexit, impulsionaram as análises estratégicas e podem resultar em pressão para saída e desinvestimento. Cobranças extras, burocracias e tributos podem tornar as operações em certos locais menos viáveis.

Outros exemplos incluem as tensões políticas entre os EUA e a China, que estão levando muitas empresas a reavaliar suas cadeias de suprimentos. Esses eventos mostram que as decisões estratégicas estão sendo tomadas para mudar as pegadas nas organizações globais.

Compradores dispostos

A boa notícia é que o que pode não ser mais o core da sua empresa pode ser um alvo para outras pessoas. A atividade de fusões e aquisições está atualmente em níveis recordes em muitos países, à medida que as empresas buscam construir escala competitiva e alcançar novos mercados. Além dos compradores corporativos, os fundos de private equity possuem grandes reservas que desejam aplicar. Os compradores também incluem consolidadores especializados em run offs em áreas que variam de varejo a carteiras de seguros descontinuadas.

Portanto, longe de ser um problema para lidar quando você tiver mais tempo, uma estratégia de saída deve estar no centro de seus planos agora. Nas palavras de Jack Welch, ex-presidente e CEO da General Electric: “Se você não pode vencer, é melhor encontrar uma saída. Concentre-se em seus pontos fortes e livre-se de negócios fracos que o atrasam.”

Desenvolvendo a estratégia de saída mais apropriada

Nossas equipes globais possuem ampla expertise para avaliar as opções e desenvolver a estratégia de saída mais adequada ao seu negócio. Contamos com profissionais especializados em recuperação de empresas para auxiliar na avaliação de questões imediatas, bem como suas ambições e objetivos para o futuro. Usando recursos dedicados, ajudamos você a construir e implementar uma estratégia apropriada para obter lucros de maneira sustentável.

Se a venda for a melhor estratégia, posicionamos o negócio de forma a maximizar valor, visando efetivamente os compradores e gerenciando o processo de venda. Trabalhamos para reduzir qualquer interrupção no core dos negócios, que poderiam estar interligados com a unidade non-core à venda. Gerenciamos todo o processo, otimizando tempo, custos e minimizando o risco de reputação.

Se a melhor opção é fechar o negócio, oferecemos um programa de fechamento abrangente e econômico. Apoiaríamos a sua empresa em todos os assuntos, desde o planejamento tributário, consultoria de pensões, minimizando as responsabilidades dos diretores e acionistas até o fornecimento de suporte prático para lidar com fornecedores, clientes e funcionários.

Nossas soluções

Nossas abordagens de apoio, proteção e restauração do valor em seu negócio começa auxiliando na identificação e avaliação das suas opções estratégicas, através do desenvolvimento de um plano robusto e realista para sair das operações não essenciais ou reestruturar/reverter as operações de baixo desempenho como parte de uma estratégia de crescimento.

Os consultores das firmas-membro da Grant Thornton contam com profundo conhecimento multidisciplinar e capacidade de personalizar soluções de acordo com suas necessidades específicas.