Nos últimos 14 anos, a Grant Thornton tem se dedicado a analisar o progresso das mulheres nos negócios ao redor do mundo, consolidando dados significativos com mais de 4.500 participantes, em 35 países, para auxiliar as mais diversas empresas no desenvolvimento de ações de promoção da diversidade de gênero.

Em 2019, o relatório Women in Business completa 15 anos e traz novidades. Além das publicações dos números e das recomendações associadas, estamos lançando um plano com ações práticas para aumentar o número de mulheres em cargos de liderança em todas as áreas, setores e regiões. Ao se comprometer com essas ações, todas as empresas podem gerar mudanças positivas.

Na publicação deste ano, destacamos que a porcentagem global de empresas com pelo menos uma mulher na alta administração subiu de 75%, em 2018, para os atuais 87% - sendo a maior proporção registrada na série histórica da pesquisa. Também houve aumento nos dados globais sobre a proporção geral de mulheres que desempenham funções seniores nas empresas, com representação de 29%, um salto de cinco pontos percentuais em relação ao último ano.

Os números indicam que a paridade de gênero está sendo levada a sério pelas empresas. Fatores como o aumento da transparência, o relato de diferenças salariais entre homens e mulheres e o diálogo público, estão levando os executivos a perceber como essa mudança é necessária.

Entre as ações mais comuns para impulsionar a diversidade de gênero, as empresas têm adotado: garantias de acesso igual às oportunidades de trabalho e desenvolvimento (34%), criação de uma cultura inclusiva (31%) e maior flexibilidade no trabalho (29%).

Por outro lado, entre as principais barreiras apontadas para que mulheres alcancem cargos de liderança estão: encontrar tempo em paralelo às principais responsabilidades do trabalho (32%), falta de acesso às oportunidades de trabalho de desenvolvimento (27%) e responsabilidades fora do trabalho (25%).

Liderança feminina no Brasil

No Brasil, 93% das empresas afirmaram que mulheres ocupam cargos de liderança, o que representa um significativo aumento comparado com 2018, onde eram apenas 61%. Nessas empresas, os principais cargos ocupados por mulheres são como CFO, seguido por direção de Recursos Humanos ou equivalente e CEO. Globalmente, os cargos ocupados por mulheres são os de Diretora de Recursos Humanos, CFO e CMO.

As ações que as empresas brasileiras têm indicado para aumentar e manter a equidade de gênero na liderança estão o acesso igualitário de oportunidades de trabalho e desenvolvimento, promoção de mentoria e coaching e maior flexibilidade.

Já as barreiras enfrentadas envolvem encontrar tempo em paralelo às principais responsabilidades do trabalho, responsabilidades fora do trabalho e não ter recursos financeiros para investir na educação e no desenvolvimento de habilidades.

Capa pesquisa Women in business 2019“Se quisermos continuar vendo essa tendência de representação feminina aumentar, mais iniciativas devem ser tomadas e os líderes desempenharão um papel essencial nesse processo. Políticas que tratam da igualdade de oportunidades de desenvolvimento da carreira, adequações nos processos de recrutamento e a flexibilidade no trabalho devem ser seguidas, aplicadas e revisitadas regularmente para avaliação de sua eficácia. Esses elementos, quando combinados com o compromisso real da alta direção, são o ponto de partida para a criação de uma cultura verdadeiramente inclusiva e inovadora”, comenta Carolina de Oliveira, diretora de Inovação, Marketing e Novos Negócios da Grant Thornton Brasil”.

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Nos últimos 20 anos, a Grant Thornton tem acompanhado a diversidade de gênero e o progresso na proporção de mulheres ocupando cargos de liderança em empresas do mid-market de todo o mundo, expondo barreiras e identificando facilitadores de mudança.