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REAL ESTATE

Auditoria potencializa crescimento estruturado dos negócios

Por: Maria Regina Abdo e Octavio Zampirollo

Após um longo período de recessão econômica no Brasil, que afetou os investimentos em geral e impactou fortemente diversos setores – entre eles o de Real Estate e Construção Civil – o mercado apresenta uma retomada consistente, com perspectivas otimistas de investimentos direcionadas ao setor imobiliário. Essa tendência vem sendo consolidada a cada nova publicação da Sondagem da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o que demonstra a necessidade de as empresas percorrem essa jornada de maneira ainda mais estruturada para obterem negócios bem-sucedidos no longo prazo.

Os tomadores de decisão do segmento enxergam um quadro positivo para o intervalo dos próximos seis meses, o que tende a significar novos empreendimentos, maior compra de insumos e matérias-primas, além de gerar mais empregos no setor. Toda essa expectativa é refletida no aumento do índice de intenção de investimento. O indicador supera em 5,4 pontos percentuais o verificado em igual período de 2018 e ultrapassa em 4,1 pontos percentuais a média histórica.

Para as empresas do setor, o novo fôlego traz um desdobramento relevante: amplia a importância de ter acesso a alternativas de crédito competitivas e alinhadas às características únicas do segmento. Este é o caso das opções oferecidas pelo mercado de capitais, como os fundos imobiliários, operações de securitização de recebíveis e a abertura de capital com a respectiva oferta de ações. Se os instrumentos podem atender à demanda das companhias por recursos, elas, certamente, tendem a interessar ao apetite dos investidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.

O motivo? O cenário atual, de queda das taxas de juros mundiais a índices nunca antes registrados (cujo movimento também é observado no Brasil com a queda da taxa básica de juros, ancorada pelo comportamento controlado da inflação), obriga os investidores a buscar opções além das tradicionais para fazer render seus recursos a taxas mais interessantes. Em outras palavras: quem sempre alocou seus investimentos na renda fixa, por exemplo, agora precisa repensar sua carteira, tomando mais risco e tendo o longo prazo como horizonte sob pena de ver seus recursos renderem a taxas muito aquém das verificadas no passado.

Para o setor imobiliário, trata-se de uma oportunidade significativa de ampliar e diversificar suas formas de obter funding em um momento de retomada de investimentos. E aí reside a importância de se contar com um processo de auditoria estruturado, com equipe especializada. Com ele, processos, números, métricas e resultados podem ser devidamente monitorados e analisados. No entanto, a importância da auditoria vai além.

Na prática, as companhias auditadas conquistam uma chancela que atesta que seus dados e números são confiáveis e sistematicamente verificados – algo que os investidores exigem para alocar seus recursos. Mesmo aquelas companhias que optem por buscar financiamentos bancários (ao invés de adotar opções do mercado de capitais), contam com benefícios, caso auditadas: as taxas de captação tendem a ser menores e as condições mais competitivas (com maior volume de crédito disponível) para as companhias que já têm seus números e dados verificados por uma auditoria independente.

Auditar companhias do setor imobiliário, contudo, não é algo trivial. Construtoras, incorporadoras, empresas de shopping centers ou de hotelaria operam com uma dinâmica diferenciada, altamente complexa, o que torna a especialização do time de auditoria essencial. Na Grant Thornton, as organizações desse setor contam com equipes que conhecem a lógica do segmento, compreendem a dinâmica, suas métricas únicas e a lógica que pauta as decisões dos investidores. Essa é uma das formas pelas quais contribuímos com o desenvolvimento do setor, do mercado de capitais e, em última análise, do País.

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