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Manter as atividades dos Conselhos de Administração a portas fechadas é uma abordagem do passado. Neste conteúdo descrevemos os elementos essenciais para garantir uma dinâmica e cultura eficazes do board e, alinhar a estratégia de liderança com a criação de valor a longo prazo.
Recentemente, os conselhos de administração estão mais abertos ao mundo exterior – seja pela maior atenção dos reguladores ou aspectos de governança – e muitos de seus representantes (chairman/chairwoman) veem uma maior transparência e colaboração como o caminho a seguir. O que isso significa na prática?
Dinâmica do Conselho
À medida que os conselhos analisam como acompanhar as necessidades de adaptação, muitos líderes experimentaram o que pode ser alcançado com um forte senso de propósito e cultura. Os executivos com mentalidade mais tradicional, que defendem o conselho como um ambiente extremamente restrito e fechado, estão enfrentando um processo de transformação e abrindo possibilidades para a criação de ambientes mais dinâmicos, onde os comportamentos estão aumentando o ritmo e o foco da discussão.
Ao gerar um sentimento de confiança e respeito mútuo entre os membros, a dinâmica do conselho se torna mais inclusiva e diversa – tudo isso melhora a qualidade da tomada de decisões.
Os princípios de prestação de contas, transparência e engajamento devem ser aplicados ao definir a eficácia e cultura do conselho. Mas por que mudar?
Diretores executivos e não executivos nos dizem que, se seu conselho não estiver se adaptando rápido o suficiente para fornecer o tipo de liderança necessária para proteger e fazer a organização crescer, eles podem enfrentar uma sensação crescente de isolamento das equipes de gestão.
Na verdade, embora as equipes de gerenciamento altamente desafiadas precisem ser responsabilizadas no conselho por suas decisões, elas também precisam ser apoiadas com habilidades e experiência adicionais.
Os diretores executivos têm o direito de saber que contam com a confiança,e o respeito dos não-executivos (NEDs), para que possam apresentar áreas de discussão nas quais o negócio esteja enfrentando dificuldades. Caso contrário, qual é a vantagem da divulgação? E assim, as habilidades de facilitação e coaching da pessoa representante (chairman/chairwoman) são fundamentais para garantir que a cultura evolua para refletir as necessidades de negócios.
A evolução do diretor não-executivo
Nos últimos meses, os conselhos enfrentaram de tudo, desde a sobrevivência e a tomada de decisões que limitam o impacto nos negócios até visões de longo prazo sobre resiliência e sustentabilidade. Os líderes empresariais tiveram que se adaptar rapidamente, aumentando sua transparência sobre seus processos e impulsionando novas formas de trabalho em suas organizações.
A ênfase agora está na agilidade, colaboração e valor, enquanto a dinâmica do conselho precisa funcionar bem neste novo ambiente virtual. Os NEDs estão nos dizendo que desejam refletir em seu papel as mudanças que estão acontecendo no nível de liderança executiva, garantindo que as oportunidades de maior eficácia não sejam perdidas.
Seguindo em frente, os diretores não-executivos e os conselhos precisarão adotar uma abordagem mais ágil e adaptável para reagir às necessidades de seus negócios. Em tempos de mudança, é essencial que o seu papel evolua para garantir sua eficácia.
Agilidade e adaptabilidade
Garantir que os conselhos sejam mais ágeis e adaptáveis em sua abordagem às necessidades de seus negócios levará ao sucesso da liderança mais do que nunca. O trabalho ágil não será mais um clichê, mas a marca dos boards mais adequados ao futuro.
Nos próximos meses, é importante que os conselhos garantam que as decisões executivas não sejam apenas bem pensadas, mas também entregues com respeito e cuidado. Para fazer isso bem, o conselho precisa funcionar como um só, e não em lados opostos.
Embora a direção não-executiva tenha o direito de contestar todos os aspectos das ações de gerenciamento, as equipes de gerenciamento têm o dever de levar as decisões de negócios ao conselho para discussão. Somente trabalhando juntos em uma cultura de propósito compartilhado e dinâmica madura, os conselhos podem fazer mais diferença do que nunca.
Por: Karen Brice, diretora da Grant Thornton UK
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