América Latina demonstra resiliência diante da Covid-19

De todas as regiões destacadas no Global Business Pulse da Grant Thornton, a América Latina se mostrou a mais resiliente na primeira metade de 2020. Sua pontuação no índice, uma verificação de saúde de empresas de médio porte, caiu apenas nove pontos para -5,6. Esta é a menor queda e a melhor pontuação do índice que também analisa APAC, UE e América do Norte.

A escalada relativamente tardia da Covid-19 em toda a região explica de alguma forma a força do índice, embora o impacto no Brasil, em particular, tenha se tornado mais acentuado. No entanto, também mostra fundamentalmente a resiliência desenvolvida pelas empresas de médio porte da América Latina. Essa característica foi destacada pela Grant Thornton no início deste ano no Thriving in 2020 report.

Roy Buddle.pngRoy Buddle, líder das Americas na Grant Thornton International Ltd, observou que as empresas da região desenvolveram conjuntos de habilidades, inclusive ao longo de muitos anos, para lidar com crises. "Isso os ajudou a lidar com o novo coronavírus. O que ficou muito claro nos últimos meses é que as empresas que fizeram o melhor são aquelas que têm economias, recursos e reservas para aproveitar, e esse é o resultado direto das lições aprendidas em crises passadas", disse Roy.

Robert Hannah.pngRobert Hannah, líder global de Strategic Growth Markets at Grant Thornton International Ltd, também observa que muitas empresas de médio porte na América Latina são de propriedade familiar, o que significa que têm horizontes de tempo muito mais longos. "Ouvi de nossa firma-membro no México que as empresas nacionais que enfrentam tempos difíceis estão pensando 'não precisamos ganhar tanto dinheiro nos próximos dois anos porque estamos olhando para um horizonte de dez anos'".

Embora essas empresas e o continente latino-americano possam ser resilientes, eles não são imunes. O FMI prevê uma perda de US$ 12 trilhões no crescimento econômico global da pandemia e que 10% serão provenientes da América Latina.[i] Roy Buddle observa que a prosperidade da região continua dependente de uma forte economia americana e que outras fraquezas na América do Norte terão um efeito cascata em todas as economias da América Latina.

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Global Business Pulse: Confira a metodologia aplicada

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