GT Hub inicia segundo ciclo com mentoria de startups

Além das startups que estão participando dessa edição, do time de sócios e do CEO da Grant Thornton, Daniel Maranhão, estiveram presentes também o CFO do Bradesco Seguros, Vinícius Cruz, e os representantes das startups que participaram da primeira edição do programa, Freddy Marcos da Rentbrella, Bruno Pinheiro da Turn2C e Luiz Borges da GriGo. 

No início do evento, o sócio curador das startups e responsável pelo programa, também Líder de Digital, Tecnologia e Dados da Grant Thornton, Elias Zoghbi, agradeceu a presença de todos e colocou toda a equipe de especialistas à disposição dos empreendedores. “Estamos aqui apoiando o empreendedorismo porque nós acreditamos muito nisso. Nada é mais social do que a geração de empregos e é isso que vocês estão fazendo”, afirmou. 

Daniel Maranhão, idealizador do programa, destacou que com esse projeto a Grant Thornton visa colaborar com os empreendedores no início de suas jornadas. “O nosso propósito com o GT Hub é auxiliar as startups em duas principais frentes, uma é ajudar a estruturar a governança ao longo da jornada de crescimento da empresa; o outro ponto é conectar essas startups ao mundo de investidores e de empresas que tenham interesse e necessidade de novos produtos e tecnologias”, ressaltou.  

“Esse é o nosso compromisso como Grant Thornton, é a forma como nos colocamos aqui para auxiliá-los, para que usufruam da nossa estrutura. Vamos trabalhar juntos, lado a lado com vocês”, finalizou Maranhão.

Hot topics para empresas em crescimento 

No primeiro painel, os sócios da Grant Thornton falaram sobre as questões contábeis e fiscais com as quais as startups precisam estar em conformidade.

O sócio líder de Valuation, Gestão de ativos e M&A, Marco Aurélio Neves, destacou que o objetivo do GT Hub é preparar as empresas para enfrentarem os desafios do mercado. “Ter a coragem de empreender é um ato heroico no nosso país”, enalteceu. Em sua fala, ele também alertou os empreendedores sobre a importância de organizar a contabilidade da empresa. “Vocês devem sim focar na operação das startups, mas não negligenciem essa parcela que parece ser só obrigação e burocracia, porque depois esses processos serão necessários para captação de investimentos”, afirmou. 

Em seguida, Octávio Zampirollo, sócio líder de Auditoria e Asseguração, destacou a importância da auditoria independente para startups, assim como a estruturação de times internos de contabilidade. Além disso, ressaltou que é essencial investir em tecnologia. “É muito importante ter um ambiente de tecnologia robusto, que possa evitar transações indevidas, e estabelecer avaliações e revisões constantes nas tecnologias utilizadas, para garantir a conformidade dos processos”, argumentou. 

Glória Lucena, líder de ESG e sócia de Due Diligence, falou sobre os desafios enfrentados pelas startups e que a área tributária costuma ser negligenciada por ser muito complexa. “É muito mais fácil começar a fazer os processos corretamente quando a empresa é pequena, mesmo que não sejam usadas ferramentas sofisticadas”, explicou. A sócia ainda salientou a importância de apresentar as informações reais da empresa aos possíveis investidores. “O investidor compra a ideia do empreendedor, então a transparência nos relatórios é fundamental”, finalizou. 

Abordando os principais pontos acerca de tributação, a sócia de Tributos Internacionais e Tax Controversy, Sabrina Lawder, falou sobre a dificuldade de mensuração de tributos e das mudanças trazidas pela reforma tributária. Ela destacou a relevância de procurar o auxílio de uma consultoria logo no início do negócio.

“Quanto melhor assessorado um negócio, mais chances de nascer certo, e a probabilidade de dar errado lá na frente é muito menor”, salientou. A especialista ainda antecipou que a reforma das leis tributárias continuará nos próximos anos, pois com a aprovação de uma reforma relacionada a consumo, também se faz necessária uma reforma voltada à renda. 

Encerrando o primeiro bloco do evento, Marco Aurélio explicou um pouco sobre como fazer valuation em startups, destacando três pilares que devem ser abordados: renda, mercado e abordagem de custo. “Antes de fazer a valuation, todo empreendedor deve se questionar de qual porcentagem está disposto de abrir mão em seu negócio para captar um investidor que faça sentido”, destacou. 

Alumni GT Hub 2024: Desafios e cases de sucesso 

No segundo bloco do evento, os CEOs e cofundadores de três startups que participaram da primeira edição do GT Hub contaram um pouco de suas vivências como empreendedores, além de falarem como foram suas experiências no programa da Grant Thornton. 

Freddy Marcos da Rentbrella falou sobre o surgimento do primeiro serviço de aluguel de guarda-chuvas. “Meu sócio e eu entendemos que o guarda-chuva era um item que precisava estar no lugar certo, no momento certo”, afirmou. 

O empreendedor declarou que a Grant Thornton e o GT Hub têm ajudado a empresa nos desafios de expansão do negócio e no relacionamento com investidores. “Além disso, nos ajudaram com contatos e respondendo às nossas dúvidas jurídicas e tributárias”, concluiu. 

O fundador da Turn2C, Bruno Pinheiro, falou sobre o nicho de mercado em que a empresa está inserida e como identificou uma oportunidade. “Consórcio é um produto que depende de diversos fatores diferentes e do uso de inteligência para cruzar informações relevantes”, explicou. 

Pinheiro contou que a Grant Thornton é uma parceira que acompanha a Turn2C desde a sua fundação. “No começo, nos ajudaram a pensar e montar uma empresa sólida, que já endereçava pontos com relação a compliance e contabilidade, construindo uma startup desde o início com todas as características de uma grande empresa. Isso foi muito válido em rodadas de captação e due diligence, onde estávamos com toda nossa documentação em dia e bem estruturada, o que facilitou muito os processos”, destacou. 

Luiz Borges, CFO e cofundador da GriGo, destacou que as principais dores do público-alvo direcionaram o desenvolvimento do negócio, que comercializa peças para veículos movidos à diesel. “Nosso lema é disponibilizar a peça certa quando o cliente precisa dela”, defendeu. 

Borges também contou como foi sua experiência com os especialistas da Grant Thornton. “O GT Hub nos ajudou em diversos aspectos, desde o networking com diversos parceiros importantes, até indicação de clientes. O atendimento sempre foi muito amigável e os especialistas estavam sempre disponíveis, nos sentimos muito acolhidos com a Grant Thornton," concluiu. 

Expectativas de Inovação e visão do investidor 

O último painel do encontro foi apresentado pelo CFO da Bradesco Seguros, Vinícius Cruz. O executivo falou sobre a importância de investir em projetos inovadores, além de se atentar para os valores solicitados em rodadas de investimento. “O mais importante é defender a prioridade do projeto, o motivo pelo qual aquele negócio foi criado”, disse relembrando que muitas vezes os empreendedores acabam desviando o foco original da startup. Cruz ainda falou sobre expectativas do mercado e o pensamento dos investidores, que buscam sempre soluções que agreguem às atividades de suas próprias empresas.