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Home office e liderança: como potencializar uma nova cultura?

Os líderes devem valorizar novas culturas e ser corajosos o suficiente para torná-las sustentáveis. Analisamos como manter os funcionários que trabalham em casa engajados e se sentindo valorizados à medida que a necessidade de isolamento e distanciamento social mais rígida diminuir.

Antes da Covid-19, as opiniões sobre o home office eram divergentes entre as lideranças globais mais tradicionais, variando desde uma oportunidade de longo prazo para reduzir custos desnecessários dos negócios, até uma maneira menos produtiva de trabalho onde as pessoas não demonstravam a mesma agilidade.

Nos últimos meses, muitos líderes testemunharam novas formas de trabalhar e perceberam, a partir da prática mais frequente, que o trabalho remoto não é impossível de controlar. Na verdade, a percepção é muito contrária uma vez que, ao trabalhar de casa, é possível obter produtividade e economia. Um deles relatou: "há anos tentamos controlar nossas despesas sem sucesso e agora elas estão próximas a zero. E as pessoas estão valorizando esse modo de vida mais flexível”.

Trabalhar em casa é melhor para os funcionários

As novas práticas de trabalho remoto também estão incentivando a manifestação de uma cultura adaptativa e mais madura, baseada no comprometimento da equipe e na responsabilidade individual, onde todos podem contribuir e ter voz. Com as equipes construindo altos níveis de desempenho remotamente estão finalmente sendo levadas a sério. Além disso, está sendo demonstrado um novo nível de honestidade e confiança, com as lideranças aprendendo que a empatia, o bem-estar e a saúde mental em todos os níveis são universalmente essenciais.

Em uma pesquisa recente realizada pela Fundação Dom Cabral, em parceria com a Grant Thornton Brasil, revela que 95% das pessoas começaram a trabalhar remotamente devido à pandemia, 54% dos profissionais desejam permanecer em home office pós-crise e 64% discordam sobre a necessidade de encontrar com colegas de trabalho para continuar trabalhando. Outra pesquisa realizada pela Grant Thornton UK aponta que75% dos funcionários não querem que seu local de trabalho retorne ao que era antes da Covid-19.

Diante desse cenário, é importante que as lideranças vejam isso como uma oportunidade de pensar de maneiras verdadeiramente inovadoras e estratégicas, proporcionando engajamento ao planejar o futuro.

Por exemplo: como uma redução de 40% em sua base de custos ajudaria seus planos futuros? Reavaliamos nosso modelo de negócios usando normas comportamentais como um indicador, analisamos nossas propriedades e como podemos torná-las lugares que nosso pessoal realmente valorizaria como espaços para colaborar e se sentir seguro.

Como sustentamos e potencializamos essa nova maneira de trabalhar?

As crises provocam mudanças comportamentais notáveis e a Covid-19 está impulsionando uma transformação de cultura global. Os primeiros a adotar o trabalho doméstico estão mudando rapidamente a forma como lideram e muitos funcionários gostam dessa nova forma de envolvimento.

Mas agora vem o próximo grande teste. Como podemos sustentar e desenvolver esse novo modo de trabalho, apoiando a economia ao mesmo tempo? O caminho para isso será não voltar às antigas normas culturais baseadas em poder de hierarquia, autoridade e as famosas “panelinhas”. Estas não são mais apropriadas. As funções que não recebiam o devido valor antes, agora têm nosso maior respeito, e funções de back office tornaram-se vitais aos negócios.

Maior segurança aos negócios

As pessoas valorizarão mais a garantia de trabalhar para uma organização forte e saudável, mas apenas se não se entregarem ao jogo corporativo à moda antiga. Vai ficar mais difícil, mas não podemos voltar atrás. Não se trata mais de quem está no escritório e quem trabalha em casa. Agora, trata-se de trabalhar em conjunto para impulsionar nossos negócios.

Então, aqui está o chamado à ação: como você vai sustentar essa nova realidade? Mantenha-se aberto, mantenha-se visível, mantenha-se acessível, porque, se não o fizer, pode haver uma grande onda de desinteresse e apatia.

Líderes autênticos, culturas conectadas e inovação rápida podem se tornar a nova norma. Provamos isso em poucas semanas de maneira transformadora. Agora precisamos torná-la sustentável.

*Por: Karen Brice, diretora da Grant Thornton UK

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