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Enquanto os mercados globais enfrentam os impactos da Covid-19 e o longo período de incerteza, as empresas de médio porte demonstram preocupações crescentes sobre sua capacidade de levantar recursos e seguir a trajetória de crescimento. Como resultado, os líderes estão cada vez mais procurando alternativas de financiamento, como private equity (PE), para atingir suas ambições estratégicas.
Os investimentos de PE são fontes potenciais de capital para o mid-market. De fato, para muitas empresas, encontrar o parceiro ideal – alinhado com seus objetivos – foi essencial e auxiliou a empresa a avançar na jornada de crescimento.
Essa tendência pode continuar. O último Global Business Pulse – indicador da Grant Thornton International – após a primeira onda de confinamento relacionados à pandemia mostrou que 46% dos líderes empresariais globais viam a escassez de finanças como uma restrição ao crescimento – um salto de 37% no semestre anterior. Os números do primeiro semestre de 2019 também mostraram que havia um apetite considerável por investimentos de private equity no mid-market, com 37% das empresas interessadas. Quando se trata de M&A, 36% estão pensando em PE, enquanto 29% das empresas que buscam crescimento orgânico esperam apoiar sua estratégia por meio de investimentos de PE.
No entanto, embora os líderes do mercado de médio porte estejam cada vez mais receptivos a explorar o investimento em PE, muitos ainda permanecem reticentes. Como resultado, algumas noções equivocadas cresceram no setor. Compreender plenamente os benefícios do private equity, como eles operam e como sua empresa pode se preparar para essa alternativa de investimento será fundamental para planejar sua estratégia financeira.
Private equity é fonte de recursos, conhecimento e experiência
À medida que as empresas revisam suas estratégias e onde precisam fazer investimentos para crescer pós-crise, o private equity está se tornando uma opção de financiamento mais interessante. Dinesh Anand, líder global de private equity e sócio da Grant Thornton Índia, afirma que existe muita liquidez. “Os fundos de private equity apresentam alto nível de dry powder (reservas de caixa) e possuem recursos para investir".
Os investidores de PE estão buscando proativamente os negócios certos para comprar imediatamente – no caso de sucessão e saída do proprietário – ou para transformar as perspectivas de crescimento desses ativos por meio de estratégias orgânicas, de compra e de construção.
Muitos empresários são atraídos para PE por causa da experiência que um investidor pode trazer como parte da transação. "De certa forma, o custo é muito mais alto porque você está cedendo uma parcela do negócio, mas as expectativas também têm a mesma proporção. Você está trazendo um parceiro que irá fornecer um alto nível de eficiência operacional e, idealmente, dar a você acesso a novos talentos e/ou fornecer acesso a certas regiões que você ainda não tem presença", afirma Anand.
Com os líderes ansiosos para ficar à frente dos concorrentes e atrair novos clientes e fornecedores, eles são forçados a olhar mais adiante. Wilhelm Mickerts, sócio e líder de private equity da Warth & Klein Grant Thornton, comenta que “muitos líderes empresariais pensam: 'Eu preciso ir para a China'. Mas eles não sabem como viabilizar. Eles reconhecem que precisam de recursos financeiros para isso, mas igualmente importante, eles exigem experiência. O dinheiro para o financiamento do crescimento está sempre, para mim, ligado à experiência operacional, network, conhecimento do setor, e também conhecimento cultural do país em que a empresa quer investir".
Evolução para atender às necessidades dos ativos
O private equity ainda causa ansiedade em alguns líderes de negócios – perder o controle do negócio é uma barreira psicológica significativa. E, embora as empresas que buscam investimentos em PE para crescimento possam manter o controle abrindo mão de uma participação minoritária, ainda existem preocupações sobre a tensão entre a administração e os investidores.
Em primeiro lugar, o talento tornou-se prioridade. Mais empresas têm feito um esforço considerável para criar equipes de profissionais operacionais que possam aconselhar e apoiar melhor seus investimentos. Esse banco de talentos está cada vez mais sendo usado para atrair empresas em busca de financiamento, bem como de experiência prática para garantir que as empresas possam obter o melhor desempenho de seus investimentos.
Em segundo lugar, muitas empresas introduziram fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) em suas empresas de portfólio, due diligence e planos operacionais, à medida que buscam criar benefícios além do retorno financeiro, o que em última análise aponta para um crescimento mais sustentável.
Como resultado, a duração dos investimentos está se expandindo. "O private equity quer fazer uma transformação de negócios mais orientada para agregar valor, em vez de simplesmente entrar e sair no curto prazo. A janela de saída para firmas de private equity cresceu em média de três para cerca de cinco anos. Eles estão procurando uma transformação para permitir o crescimento de longo prazo e melhor retorno, em vez de apenas fazer uma estimativa de custos e uma saída rápida", avalia Anand.
O escopo de interesse da PE permanece amplo. Apesar de alguns equívocos, PE não se concentra principalmente em tecnologia de ponta ou ativos problemáticos. “Nos últimos três anos, o setor de saúde em geral tem sido atraente para o private equity, como nos segmentos de equipamentos de atendimento domiciliar e prestadores de serviços", aponta Mickerts.
Nos EUA, life science e tecnologia são populares entre os private equity. Enquanto na Austrália, a maioria dos fundos de mid-market já "direcionou suas estruturas para negócios mais habilitados para tecnologia", disse Paul Gooley, sócio e líder nacional de finanças corporativas da Grant Thornton Australia. “Algumas empresas de comércio eletrônico viram o volume dobrar. Outros setores, como educação, que em comparação com os EUA tem integração de TI muito baixa na Austrália, também está vendo mais fluxo de negócios para plataformas de aprendizagem online”.
Para Hugo Luna, sócio de Transações da Grant Thornton Brasil, com a pandemia, após o seu pior momento quando das imprevisibilidades dos mercados, tamanho das consequências para alguns segmentos e tempo de duração, os fundos de private equity naturalmente retraíram suas análises para investimentos. Porém, com a retomada dos mercados e novas visões / atuações de alguns setores, as oportunidades de investimentos para os fundos de private equity vieram junto, notadamente para os negócios que trazem soluções com tecnologia, no ambiente remoto, e-commerce etc, como vem ocorrendo aqui no Brasil. Mas, para o real sucesso das empresas na busca por essa oportunidade de recursos a partir de um private equity, estar preparado é condição fundamental e de diferenciação em relação aos concorrentes.
Investimentos de sucesso seguem preparação rigorosa
Embora as firmas de PE tenham muita liquidez e busquem avidamente ativos promissores no mercado de médio porte, o critério para investimento é alto. Carlos Ferreira, sócio-gerente nacional de private equity da Grant Thornton US, afirma que “a subscrição de dívidas ainda é muito rígida. Há uma presunção geral de que, como os investidores possuem dry powder, eles precisam colocar dinheiro para trabalhar. E, embora as empresas de PE estejam fazendo investimentos, ainda existem empresas que são difíceis de financiar. Em última análise, os investidores querem saber que receberão um retorno robusto e proporcional ao risco”.
Existem diversos aspectos que uma empresa de médio porte pode considerar para atrair o interesse de PE e aumentar as chances de prosseguir com o negócio certo:
1. Esclarecer sobre a estratégia e obter adesão interna
O primeiro passo é clareza. Os empresários estão certos de que o investimento em private equity é o caminho certo para o crescimento e os stakeholders principais estão de acordo? De acordo com Thierry Dartus, Sócio da Grant Thornton França, se um empresário decide fazer um negócio com base em uma oferta oportunista, pode levar muito mais tempo para concluir se, por exemplo, membros da família e outras partes críticas precisam ser convencidos. As negociações e a devida diligência podem ser mais diretas se o private equity já tiver sido devidamente considerado como parte da estratégia de crescimento.
2. Certificar a disponibilidade das informações financeiras
Na verdade, o processo de due diligence pode ser oneroso e demorado. Ferreira ressalta que os investidores em private equity vão buscar uma quantidade considerável de informações, sendo a maior parte financeira, mas eles também querem saber como são os clientes e como é a cadeia de suprimentos, qual propriedade intelectual e instalações a empresa possui. "O ponto de partida é ter boas informações financeiras, bons registros financeiros e informações detalhadas."
Os investidores querem saber como são as operações comerciais e contábeis e que tipo de relatório pode ser produzido. "Procuramos empresas muito antes de uma firma de private equity sequer chegar e os conduzimos por um processo de due diligence do ponto de vista do vendedor. Essa abordagem já existe há muito tempo na Europa Ocidental, mas nos Estados Unidos é relativamente nova. Ele foi projetado para preparar as empresas para fornecer informações quando necessário. Muitas vezes, no espaço do middle market, eles podem não ter tecnologia, processos e sistemas para produzir todas as informações financeiras e métricas de negócios para analisar o desempenho histórico ou construir projeções”, diz Ferreira.
Às vezes, as empresas não têm a capacidade de produzir o volume de análises e informações que as firmas de PE estão procurando. No entanto, quando um processo é iniciado, a equipe de gerenciamento de negócios, finanças, contabilidade e relatórios podem ficar sobrecarregados.
3. Ter a gestão certa em vigor
Na visão de Mickerts, a gestão é a chave. “As empresas de private equity sempre direcionam o foco para a gestão, priorizando uma divisão clara de deveres e responsabilidades. O CEO normalmente dirige a receita, fazendo o negócio crescer por produtos e/ou por país. Eles querem saber se existe uma visão para desenvolver a empresa nos próximos cinco anos e direcionar os recursos financeiros de uma forma que apoie o crescimento".
As firmas de PE também analisarão o CFO, com a necessidade de receber e analisar as finanças da empresa. Para Ferreira, “esse indivíduo pode não ter o histórico, a formação, a experiência ou o nível de análise que uma empresa de private equity e seus consultores desejam ver quando estão pensando em comprar o negócio. As empresas compreenderão que, se quiserem vender parte da empresa em um ou dois anos, podem precisar de um CFO com experiência em transações".
4. Buscar suporte de consultores externos de confiança
De maneira crítica, fora da gestão, as empresas também precisam de suporte externo, incluindo advogados e assessores financeiros para ajudar a avaliar os méritos de qualquer parceiro de PE em potencial e posterior negociação. Atualmente, há muito mais oportunidades de fazer essa avaliação. As firmas de PE estão competindo por ativos e estão mais focadas na construção de relacionamentos e confiança com parceiros em potencial, entendendo o que a empresa-alvo está procurando alcançar e estabelecendo se podem ter um retorno adequado por meio do suporte.
Preparação é o principal diferencial competitivo
Investimentos de private equity é, certamente, uma alternativa a ser considerada para aproveitar oportunidades de negócios e se adaptar ao novo mundo pós Covid-19 e seus impactos. Mas, em última análise, as empresas de médio porte precisam ter certeza da jornada que o PE apresenta e um planejamento estratégico robusto para se preparar para esse investimento. Como diz Ferreira, “quanto mais preparado você estiver, maiores serão as chances de fechar um negócio”.